terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O queijo de ovelha curado e o queimoso da Beira Baixa na queijaria Lourenço





Partimos de Castelo Branco logo pela manhã cedo em direcção a Vila Velha de Rodão, fomos em busca de conhecer mais sobre estes 2 queijos da região. A Dona Fátima Lourenço abriu-nos as portas da sua unidade de produção para nos explicar detalhadamente o processo.
Podemos acompanhar desde a chegada do leite, ao coalho, enchimento dos moldes, ao banho de salmoura, 1º e 2ª curas, manutenção do queijo e embalamento.




queijo curado de ovelha nas câmara de cura



manutenção dos queijos



queimoso da beira baixa

O queimoso* da Beira Baixa não é picante porque lhe ser adicionado qualquer tipo de ingrediente (pimentas, picantes etc). Essa característica tão apreciada e única é conferida pelo tipo de tratamento e cura, em que passa por duas salmouras, uma primeira num banho de água e sal e uma segunda em que é esfregado sal na casca, e posteriormente fica a curar entre 8 a 12 meses em palhas de centeio.Quando pronto para vender é embrulhado em película e papel de alumínio.

* apresenta características semelhantes ao queijo certificado (DOP) picante da beira baixa


     queijo de ovelha curado da beira baixa

Do mesmo modo temos o queijo curado de ovelha e o queijo amarelo da Beira Baixa. 
Só se pode atribuir este nome quando certificado.


Esta queijaria com capacidade para transformar 4.000 l de leite diários, procura expandir para novos mercados. Espanha e França são os principais destinos destes queijos que rumam até às comunidades portuguesas no exterior. Recentemente obteve certificação para poder produzir segundo as normas Kosher, o que amplia os seus nichos de mercado e exportação.

Actualmente os seus clientes em Portugal preferem comprar os tamanhos pequeno e médio destes queijos.
Numa altura em que o mercado Português atravessa uma crise, a queijaria adapta a sua produção procurando assim manter as vendas. 

Esta empresa familiar, nasceu há 40 anos atrás pelas mãos do pai dos actuais gestores que começou a comprar queijo fresco e a curá-lo produzindo só o queimoso. Hoje em dia, numa unidade maior já têm a sua própria produção de leite e produzem as duas variedades dos queijos. 

É importante que estes negócios de família levados de geração em geração continue a existir e a ser valorizados e continuados de modo a que produtos como estes continuem a fazer parte da identidade de uma região.


para saber mais sobre a Queijaria Lourenço..


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