(na fronteira com nuestros hermanos - 1km exacto de distância)
Dia I
a manhã foi aterefada! Ajudámos a Chef Amaya a elaborar alguns pratos para a revista Expresso online.
eis algumas das iguarias preparadas:
- salada de lampreia fumada
- escabeche de lampreia
- lampreia com milho partido (para os locais denominado por estrolho)
- coelho na abóbora com alecrim
- bacalhau lascado com broa
- rojões à minhota com puré de beterraba e castanhas
- bolo no tacho de lampreia
- arroz doce à minhota com gin e compota de laranja
- borrachinhos de Valença em calda de vinho aromatizada
Esta foi uma oportunidade de ouro para conhecermos mais sobre a gastronomia regional minhota e aprofundar ainda mais o nosso conhecimento sobre vários pratos confeccionados com a iguaria da época: a lampreia!
Da nossa passagem por Valença vamos levar na memória...
... a broa de milho branco (elaborada com uma espécie de milho branco autóctone da região minhota), uma das melhores broas que já tinhamos provado! .. e cozida em forno de lenha.
... os biscoitos de milho (também muito típicos das região! A farinha de milho é moída ainda de modo artesanal em moinhos de água). O facto de ser moída artesanalmente permite uma granulagem mais espessa da farinha o que vai conferir uma textura granulada aos biscoitos.
... o estrolho (milho branco partido e cozido), em períodos de longa escassez de arroz, este era utilizado como substituto ao mesmo na elaboração de vários pratos.
... a lampreia fumada (lampreia escalada e fumada, posteriormente recheada com ovos cozidos e pimentos).
- borrachinhos de Valença (um preparado de pão, ovos, canela, mel, açucar e vinho do porto. posteriormente fritos e finalizados em calda de vinho tinto)
Dia II
Fomos a um viveiro de lampreias.. onde ficámos a conhecer um pouco mais sobre a espécie, em que rios desova, o seu preço de mercado, as suas características, como se alimenta e como funciona toda a parte de captura e armazenamento em tanques ainda vivas..
De volta a Valença ainda houve tempo para uma breve passagem pelas muralhas.. vale a pena visitar!
A Chef Amaya Guterres, partilhou connosco o que de melhor a sua região tem, o trabalho que tem vindo a desenvolver, a paixão que tem pelo Minho e a constante procura por receitas que possam estar esquecidas entre a população. É importante que iguarias como o estrolho ou os borrachinhos não sejam apagados da memória das gentes que lá habitam.
Agradecemos a oportunidade que nos deu ao poder partilhar connosco um pouco da sua sabedoria e conhecimento acerca das suas raízes.
Chef Amaya Guterres
Que bom que é saber que existem pessoas que dão valor e divulgam a cozinha portuguesa. Parabéns
ResponderEliminar