sábado, 9 de fevereiro de 2013

Em Fevereiro Évora soube-nos a...




Querido Portugal, hoje o dia foi uma bela surpresa e trouxe-nos algo pelo qual ansiávamos, a descoberta de novos ingredientes e o contacto com pessoas interessantes!
Pelas 10 horas da manhã iniciámos a nossa visita ao mercado, guiados pelo chef António Nobre e na companhia da equipa da LocalVisãoTV de Évora (Elisabete e João obrigado pela vossa simpatia e a boa disposição).

Ao entrar no mercado deparámo-nos com várias bancas de produtores locais, que com todo o gosto e entusiasmo prontamente nos transmitiram alguns truques e receitas do antigamente.


cardos ou carrasquinhas

Primeira lição
Como arranjar os cardos! Bem munidos de paciência, ah pois porque estas folhas custam a limpar! Mas uma coisa estes senhores nos garantem, não há jantar de grão sem cardo, por isso vale bem o esforço!

Segunda paragem

A banca do senhor António Joaquim. Apicultor desde 1975 e apaixonado pelas suas abelhas que lhe retribuem com “beijinhos” a ousadia de lhes tirar o alimento. Apresentou-nos na sua doce banca um sortido de frascos de mel aos quais se juntaram a Água mel, o pólen e os favos.




Mais à frente encontrámos a verdadeira massa de pimentão, feita pelas mãos de quem sabe! Condimento de eleição para as carnes de porco é preparado com pimentos que depois de colhidos e limpos são curtidos em salmoura.



abóbora moganga e massa de pimentão



As mesmas mãos que prepararam este tempero, apanharam os verdadeiros espargos selvagens que facilmente são confundidos com outros menos bons! Os verdadeiros querem-se fininhos, de talo firme e a estalar na ponta! Não se deixem enganar pelos grandes molhes de espargos a preços baixos, escolham com atenção!





                                                                           espargos selvagens (dos bons!!)


Esta experiência mostrou-nos outros produtos curiosos como o mogango que é uma espécie de abóbora mas no entanto diferente no sabor e na textura, as acelgas,  os catacuzes ou labaças que são  parecidos com os espinafres e as famosas silarcas que ontem mencionámos.
Tivemos ainda tempo para conhecer o mercado coberto, onde o que mais nos prendeu a atenção foram as bancas de queijos e enchidos, com a sua variedade, arrumação e aroma delicioso que se espalhava no recinto. Deixa água na boca e a vontade de picarmos aqui e ali….
No outro edifício, as bancas do peixe mostravam bem quem é rei ali – o cação, elemento principal na tradicionalíssima sopa com o seu nome.
Para terminar, oportunidade ainda de espreitar a loja gourmet Divinus onde se pode apreciar uma amostra do vastíssimo património vínico desta região. E tal como nos ensinou o chef Nobre, em terra de bom vinho encontramos boa comida.




cilarcas

Esta manhã não terminaria no entanto sem fazermos uma doce descoberta…

Sem comentários:

Enviar um comentário