Querido
Portugal, hoje o dia foi uma bela surpresa e trouxe-nos algo pelo qual
ansiávamos, a descoberta de novos ingredientes e o contacto com pessoas
interessantes!
Pelas 10
horas da manhã iniciámos a nossa visita ao mercado, guiados pelo chef António
Nobre e na companhia da equipa da LocalVisãoTV de Évora (Elisabete e João
obrigado pela vossa simpatia e a boa disposição).
Ao entrar no
mercado deparámo-nos com várias bancas de produtores locais, que com todo o
gosto e entusiasmo prontamente nos transmitiram alguns truques e receitas do
antigamente.
cardos ou carrasquinhas
Primeira lição
Como
arranjar os cardos! Bem munidos de paciência, ah pois porque estas folhas
custam a limpar! Mas uma coisa estes senhores nos garantem, não há jantar de
grão sem cardo, por isso vale bem o esforço!
Segunda paragem
A banca do senhor António Joaquim. Apicultor desde 1975 e apaixonado pelas suas abelhas que lhe retribuem com “beijinhos” a ousadia de lhes tirar o alimento. Apresentou-nos na sua doce banca um sortido de frascos de mel aos quais se juntaram a Água mel, o pólen e os favos.
Mais à
frente encontrámos a verdadeira massa de pimentão, feita pelas mãos de quem
sabe! Condimento de eleição para as carnes de porco é preparado com pimentos
que depois de colhidos e limpos são curtidos em salmoura.
abóbora moganga e massa de pimentão
As mesmas mãos que prepararam este tempero, apanharam os verdadeiros espargos selvagens que facilmente são confundidos com outros menos bons! Os verdadeiros querem-se fininhos, de talo firme e a estalar na ponta! Não se deixem enganar pelos grandes molhes de espargos a preços baixos, escolham com atenção!
espargos selvagens (dos bons!!)
Esta
experiência mostrou-nos outros produtos curiosos como o mogango que é uma
espécie de abóbora mas no entanto diferente no sabor e na textura, as
acelgas, os catacuzes ou labaças que
são parecidos com os espinafres e as
famosas silarcas que ontem mencionámos.
Tivemos
ainda tempo para conhecer o mercado coberto, onde o que mais nos prendeu a
atenção foram as bancas de queijos e enchidos, com a sua variedade, arrumação e
aroma delicioso que se espalhava no recinto. Deixa água na boca e a vontade de
picarmos aqui e ali….
No outro
edifício, as bancas do peixe mostravam bem quem é rei ali – o cação, elemento
principal na tradicionalíssima sopa com o seu nome.
Para
terminar, oportunidade ainda de espreitar a loja gourmet Divinus onde se pode
apreciar uma amostra do vastíssimo património vínico desta região. E tal como
nos ensinou o chef Nobre, em terra de bom vinho encontramos boa comida.
cilarcas
Esta manhã não terminaria no entanto sem fazermos uma doce descoberta…
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